Tenho visto as estantes das livrarias repletas de livros
juvenis sobre mitologia, magos, bruxas, castas, e fico me perguntando se os
jovens de hoje tem o embasamento necessário para entender de tão vastos e
complexos assuntos. Ainda pretendo ler todos, um dia, se conseguir viver até os
duzentos anos. Hoje fui buscar justamente na literatura do Paulo Coelho um
livro bem bacana que nos conta sobre o ritual de passagem de Brida O’Fern, uma
jovem de 21 anos que tem seu destino traçado pela Tradição da Lua e se tornará
uma das mais jovens Mestras da Tradição das Feiticeiras.
História real ou não? Paulo Coelho jura que sim, faz alguns
alertas sobre os rituais que ele descreve no livro informando que fazê-los sem
orientação específica é perigoso, desnecessário e desaconselhável. Quase como dizer a uma criança; “Não ande por
aí” despertando a curiosidade e a rebeldia do “Porque?”.
Também em tom de alerta Paulo define os seres humanos entre
aqueles que constroem e aqueles que plantam. Põe os construtores como
responsáveis por obras finitas, aquelas que fazem seus idealizadores
desnecessários após a conclusão. Enclausurados e limitados perdem o sentido da
vida. Já os que plantam enfrentam o sofrimento, as intempéries e nunca
descansam porque seu jardim jamais cessará de crescer tornando sua vida uma
aventura infinita.
Brida não é um livro fácil, mas se você embarcar na aventura
da construção sem perder de vista o seu jardim será agraciado com exemplos para
sua vida. Quais? Você só saberá lendo.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Entrada garagem Salvador Shopping
Data: 30/11/2014