domingo, 19 de setembro de 2010

GRRRLS - GAROTAS IRADAS


A autora desse livro chama-se Vange Leonel, e quem só lembra dela por causa da música Noite Preta, que embalou a abertura da novela Vamp no ano de 1991, está bem defasado. Isso porque Vange Leonel além de cantora é blogueira, autora de peças de teatro, compositora, novelista, colunista e excelente escritora.
Lançado em 2001, Grrrls - Garotas Iradas é o seu segundo livro, uma coletânia de textos publicados pela extinta revista Sui Generis e outros inéditos, que reune cultura e pesquisa histórica, sem perder o bom humor e um lado panfletário, claro, para quem não sabe Vange é uma pós-feminista irônica e lésbica assumida, e como bem escreve Fernando Bonassi na apresentação do livro: “Vange, como poucas e poucos, faz da sexualidade (de todos nós) expressão cultural, sabendo que seu conhecimento passa por investigação e experiência, mas também é arte: é música, é teatro, é dança... é uma delícia!”. Eu tembém acho.
Ela nos faz rir de alguns hábitos da cultura gay contemporânea, fala sobre personagens históricas emblemáticas, como Joana D´Arc, Safo, Virginia Wolf, Nathalie Barnes, analisa de forma bem-humorada a cultura pop e seus personagens, da heroína Xena à boneca da Maria Bethânia, entre outros assuntos, em textos curtos e inteligentes que podem ser lidos sem respeitar a ordem do livro.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Espaço Unibanco de Cinema
Data: 21/11/2010

domingo, 12 de setembro de 2010

UMA HISTÓRIA DE AMOR


Estamos em setembro de 2011, daqui a pouco já é primavera, por isso pensei em falar de amor. Piegas? Pode ser, mas sou canceriano e todo canceriano é apaixonado, não importa a estação do ano, mas na primavera isso fica mais sugestivo. Daí a minha escolha em abandonar o livro Uma História de Amor, que ficou conhecido pelo filme que se chama Love Story. Um dado interessante é que o autor Erich Segal escreveu a história para o cinema, e só após o filme adaptou-a para livro, o inverso do que acontece hoje em dia.
Tanto o livro como o filme começam com a seguinte frase “Que se pode dizer de uma moça de vinte e cinco anos que morreu? Que era bela. E brilhante. Que gostava de Mozart e Bach. E dos Beatles. E de mim.” A partir daí veremos uma versão Romeu e Julieta atualizada, um jovem de família muito rica e estudante de Direito conhece e se apaixona por uma estudante de Música e acabam se casando. Porém, o pai do rapaz não aceita a nora, por ela ser uma moça de família humilde, e acaba deserdando o filho. Algum tempo depois, a moça tenta engravidar e não consegue, vai então fazer exames e descobre que está gravemente doente. No lançamento do filme e livro a crítica o taxou de “tragédia lacrimejante”, mas depois rendeu-se e hoje a história de Jennifer e Oliver ainda é considerada uma das melhores histórias de amor já escritas, e um dos melhores filmes românticos de todos os tempos.
Atenção, mais uma vez vale a pena ler o livro e depois ver o filme, com o conhecimento da história você estará mais ligado nos outros sentidos, percebendo a boa fotografia, a atuação magistral de Ali MacGraw e a belíssima trilha sonora que venceu o Oscar de 1971. Ah, e se você quer entrar no clima enquanto lê, ouça a musica tema Love Stoy, de Francis Lay, isso vai embalar os diálogos e as cenas mais importantes.
E quando chegar perto da página 189 (na edição que abandono é assim) vai pegar um lenço, na hora em que Oliver disser “Amar é nunca ter que pedir perdão”, você vai precisar.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Ceasa - Rio Vermelho
Data: 20/11/2010