Em Onze Minutos o autor aventura-se pelo tema sexo e conta a
história de Maria, o livro começa em tom farsesco com a frase “Era uma vez uma
prostituta chamada Maria”, de cara tenta conquistar a cumplicidade do leitor explicando a frase
que tem o cunho das histórias infantis com o “Era uma vez...” e em seguida
coloca a adequação “prostituta”, que nada tem de infantil, e justifica... “Como
posso escrever um livro com esta aparente contradição inicial? Mas, enfim, como
a cada instante de nossas vidas teremos um pé no conto de fadas e o outro no
abismo, vamos manter este início.”
O leitor então conhecerá Maria, uma jovem decepcionada com o
amor aventurando-se no mundo desconhecido das relações sexuais como se fosse um
conto de fadas, entre aspas, moderno. E nada mais clichê do que a história de
uma mulher que amarga um sofrimento e encontra na relação com um homem algumas
respostas para perguntas muito profundas na busca de si mesma.
Tenho amigos que leram o livro e embarcaram perfeitamente no
tal conto de fadas. Eu sou canceriano com sol em câncer, ascendente peixes e
lua novamente em câncer, e para os que entendem dessa conjunção astrológica
sabem que ela poderia fazer de mim um romântico incurável. Entretanto confesso
que meu lado peixes me deixa muito cético em relação a histórias mal contadas.
Essa é apenas uma opinião. A leitura, assim como a música, o
teatro, a dança, a pintura, as artes em geral, tem o dom de poder tocar as pessoas
de diferentes formas, e aí escrevo parodiando os clichês de Paulo Coelho, o que
seria do rosa se todos só gostassem do azul?
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Salvador Shopping - Escada G1 Sul
Data: 06/10/2013
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