Artur Xexéo escreveu a orelha desse livro, com seu texto
curto ele conseguiu captar perfeitamente sua essência e porque ele fez tanto
sucesso. Xexéo nos instiga a achar o que há de Bridget Jones em nós. Helen
Fielding (1958), autoria do livro, é uma expert em comportamento feminino e criou
uma personagem quase verídica.
O diário que Bridget começou a escrever após uma resolução
de ano novo revela o dia a dia dessa mulher que está na faixa dos 30 anos, é
solteira, mora numa cidade grande, jura que quer parar de fumar, beber menos,
fazer ginástica, mudar de emprego e encontrar um namorado.
Logo descobriremos também que Bridget desconfia dos livros
de autoajuda, mas não consegue conter-se em dar uma olhadinha neles, não sabe
cozinhar, mas se esforça em fazer jantares para os amigos somente com o auxílio
dos livros de culinária que compra aos montes, sofre por não ganhar presente no
dia dos namorados apesar de convencida de que é só mais uma data comercial,
ainda se chateia com os homens que não ligam no dia seguinte, banca a mulher
independente, mas está sempre pensando no príncipe encantado. Essa é a Bridget,
você conhece alguém assim?
Mais uma coisa que você vai descobrir sobre Bridget; ela tem
humor. A autora escreve com leveza e Bridget ri de si mesma, ri das suas
agruras e das suas neuroses, é uma sobrevivente do pós-feminismo.
Artur Xexéo nos diz: “Aproveite que ela escreveu um diário e
divirta-se.”
Eu digo o mesmo, divirta-se com Bridget, veja-se no espelho
de Bridget, e depois vá deliciar-se com o excelente filme estrelado pela
maravilhosa Renée Zellweger e ganhe de bônus os impecáveis Hugh Grant e Colin
Firth.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Ponto de ônibus em frente à Sala de Arte Cinema da Ufba
Data: 02/03/2013
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