Para mim esse livro tem uma carga emocional muito grande. Aqui
confesso, caríssimo leitor do blog, que já li O Caçador de Pipas três vezes
e em todas elas me emocionei e chorei. Acredito que me emocionarei sempre que o
reler não importa a idade que tenha ou sob qual circunstância o faça. A mim ele
toca em pontos inimagináveis e a emoção sempre virá.
A história de Amir e Hassan, amigos que cresceram juntos,
exatamente como seus pais apesar de serem de etnias, sociedades e religiões
diferentes, tiveram uma infância comum, beberam do mesmo leite, brincaram das
mesmas brincadeiras, assistiram os filmes, deslumbraram-se com os mesmos
personagens e acalentaram o mesmo sonho de ser o grande caçador de pipas. Foi
Hassan, mesmo sem querer, que decidiu quem Amir seria durante a famosa batalha
da pipa azul, uma pipa que mudaria de forma drástica a vida de todos.
Apesar de não saber ler nem escrever por muitas vezes Hassam
era o mais sábio dos meninos, conhecido pela sua coragem e percepção do sentimento
das pessoas. Após aquele fatídico dia da competição de pipas Amir teve outra
oportunidade de redenção perante Hassam, mas também a desperdiçou. Passados
vinte anos, com o Afeganistão já destroçado pelo regime Talibã, o destino prepara
para Amir uma nova oportunidade de redimir-se do maior erro de sua vida e
livrar-se daquele enjoo que sempre o acompanhava, a náusea que denunciava sua
covardia.
Talvez por ser o romance de estreia de Khaled Hosseini
(1965) há uma inocência no estilo e na trama que nos remete à infância, seja
ela qual for e onde quer que tenha sido vivida. O autor jura que apesar dos
fatos históricos serem verdadeiros os personagens são fictícios. Quando o filme
foi lançado em 2007 Khaled dedicou sua obra às crianças que vivem no
Afeganistão.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Edf. Centro Médico Castro Alves - Facimagem
Data: 02/03/2013
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