Nem todo mundo gosta do Arnaldo Jabor (1940), talvez porque
ele se aventure em tantas searas que fica difícil gostar cem por cento de toda a sua, digamos, produção. Pesquisando a biografia percebi que o homem é cineasta,
roteirista, diretor de cinema, produtor cinematográfico, dramaturgo,
jornalista, crítico e escritor. Ufa! Eu gosto muito desse livro, o mais famoso dos que escreveu,
Amor é Prosa Sexo é Poesia, embora discorde de algumas de suas posições
políticas ou ideológicas, consigo separar bem a ‘persona’ da ‘obra’. Faço-o sem
o menor preconceito.
Jabor tem uma ligação íntima com o cinema e suas vertentes,
mas viu-se obrigado durante o governo Collor a buscar outras mídias devido à
decadência do cinema nacional quase imposta pelo então presidente. Foi quando
caiu na televisão e nos jornais, suas aparições com textos ótimos, elaborados,
cítricos e quase perniciosos sobre a sociedade brasileira que lembravam muito
Nelson Rodrigues.
Ao lançar esse livro Arnaldo Jabor o descreveu como “um
livro de crônicas afetivas” e anunciou sem pudores que toda mulher é um pouco
Madame Bovary e todo homem não tem coração. Confessa sua busca pela beleza na
vida, na política, no amor e no sexo. Ele se coloca e se transporta para o
tempo em que as namoradas não davam e conta triunfante seu amor nos anos 60 ao
lembrar-se da namorada que deu pra ele, com amor e coragem.
A grande maioria, ao ler o título do post vai lembrar a
música da Rita Lee baseada justamente na crônica de dá título ao livro, na
minha mais humilde opinião não é a melhor da série de crônicas, mas a grande
Rita teve a capacidade de pescar o melhor das sentenças e criar um dueto, Amor
É... Sexo É... E para quem já amou e já fez sexo nessa vida verá que o livro é
entretenimento e a música é deleite.
Se quiser, pode reler o post, agora embalado com a trilha
sonora da Rita Lee. É só clicar no play.
Cidade do abandono: Brasília/DF
Local: Aeroporto Internacional de Brasília
Data: 14/03/2013
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