Esse foi o quarto livro que li do autor e por
coincidência também é o quarto livro da sua fase ‘independente’. Harlan
escreveu os livros Play Dead e Miracle Cure, que eu saiba ainda não lançados no
Brasil, antes de se dedicar à série de livros de suspense com o personagem
Myron Bolitar, seria uma espécie de Hercule Poirot se eu o estivesse comparando
com a autora Agatha Christie. Foi um hiato de dez anos dedicados a essa série até
o retorno aos independentes com o ótimo Não Conte a Ninguém, já comentado aqui
no blog.
Desaparecido para Sempre é a história de dois irmãos,
Will e Ken, este último desaparecido e dado como morto desde que fugiu da cena
do assassinato da jovem Julie Miller, ex-namorada de Will. A história começa
onze anos depois, Will refez a vida, trabalha numa instituição que retira
jovens das ruas e está apaixonado por Sheila Rogers, uma voluntária da
instituição. Tudo muda quando, antes de falecer, a mãe deles revela a Will que seu
irmão está vivo. No dia seguinte Sheila desaparece e logo depois é encontrada
às margens de uma estrada, foi assassinada com requintes de tortura. Amigos de
infância, gângsteres, matadores profissionais e até o FBI estão atrás de Will,
todos supõem que ele é o elo de ligação para tudo que está acontecendo.
Não sei se este é o melhor livro do Harlan Coben, tive
que vencer as cem primeiras páginas para começar a ler compulsivamente, mas não
posso deixar de reconhecer que é uma grande história, cheia de reviravoltas,
com vilões verossímeis apesar de quase caricatos, um final inesperado e muito bem
amarrado. Ainda assim é um desses livros que você lê e se esquece de almoçar, recomeça
à tarde e quando percebe já está escuro, e se vai ler antes de dormir não pensa
que no dia seguinte vai ter que acordar cedo para trabalhar.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Pátio interno do Mercado Modelo
Data: 20/02/2016
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