domingo, 4 de outubro de 2015

MORTE NO NILO


Em sua autobiografia Agatha Christie (1890-1976) nos conta que sua mãe, Clara, era uma mulher muito tímida que vivia à sombra do marido Frederick, um rico empresário que estava sempre viajando. Seus irmãos mais velhos tiveram uma educação formal, mas a caçula Agatha foi educada precocemente pela mãe que lia muitos livros para a filha, o que era uma distração para ambas. Entre seus autores preferidos estavam Charles Dickens, Alexandre Dumas e Jane Austen, tanto Aghata quanto Madge, sua irmã mais velha, adoravam histórias de detetives, não à toa a futura escritora leu a primeira história de Sherlock Holmes aos oito anos de idade e na mesma época passou a ler também as obras de Edgar Allan Poe.

Aos dezessete anos, após ler O Mistério do Quarto Amarelo de Gaston Leroux, Agatha diz para sua irmã que poderia escrever uma história de detetive e óbvio que a irmã duvidou. Agatha confessa que foi aí que a semente foi plantada, ela havia sido desafiada e atingida pela determinação de escrever histórias policiais. Em 56 anos de carreira publicou mais de 80 livros, fora as peças para o teatro e as adaptações cinematográficas e televisivas protagonizadas pelo detetive Hercule Poirot, seu personagem famoso pelo bordão do uso das ‘células cinzentas’, e Miss Marple, a solteirona que gostava de observar a natureza humana e assim conseguia desvendar os mistérios mais obscuros.

O livro Morte no Nilo foi publicado em 1937, conta a história de Linnet Ridgeway, jovem herdeira e inteligente que não pensou duas vezes ao roubar o noivo de sua melhor amiga e casar-se com ele. Mas talvez Linnet tivesse ido longe demais. Viajando em lua de mel num cruzeiro pelo rio Nilo é assassinada com um tiro na cabeça. O detetive Hercule Poirot, que por acaso também estava no navio gozando de merecidas férias, entra em ação para desvendar mais esse mistério e começa a montar um verdadeiro quebra-cabeças. Seria também por acaso que neste mesmo navio estavam viajando uma série de antagonistas interessados na fortuna de Linnet e em provocar sua infelicidade?

No post da semana passada falei sobre George Simenon, outro grande autor de livros policiais, mas não o compare com Agatha Christie, são estilos completamente diferentes que só enriquecem a nós, seus leitores.

Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Estacionamento Perini - Graça
Data: 20/12/2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário