“Hoje mamãe morreu.
Ou talvez ontem, não sei. Recebi um telegrama do asilo: ‘Mãe morta. Enterro
amanhã. Sinceros sentimentos.’ Isso não
quer dizer nada. Talvez tenha sido ontem.”
Esse é o primeiro parágrafo do livro, o protagonista
recebe um comunicado sobre o falecimento de sua mãe, viaja para o enterro e
durante a cerimônia não consegue expressar nenhuma emoção. O livro prossegue
com os fatos seguintes de sua vida, ele conhece um dos vizinhos de nome Raymond
e o ajuda a livrar-se de uma de suas amantes árabes. Ambos se encontram com o
irmão da mulher “o árabe” e após uma briga Raymond é ferido. Meusault volta à
praia e atira no árabe. Durante seu julgamento a acusação concentra-se no fato
de Meusault não ter conseguido chorar no velório da mãe, acusando-o de ser
incapaz de sentir remorsos e por isso deve ser condenado à morte para prevenir
que mate outras pessoas e também para tornar-se um exemplo. Nas linhas finais
Meursault reconhece sua insignificância perante a indiferença do universo em
relação a ele, e deseja sentir-se menos só.
Estamos falando de uma obra escrita em 1942, mais de
setenta anos depois de sua publicação ela consegue nos instigar e questionar.
Até hoje é discutida por acadêmicos, assim como outros livros do autor: A Peste
e A Queda, e as peças de teatro Calígula e Estado de Sítio.
E aqui faço outra confissão, vou precisar ler novamente
esse livro quando estiver mais velho. Se der tempo de ler, e tomara que sim, já
que tantos livros ainda esperam na estante por um pouco da minha atenção.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Mezanino da G1 - Shopping Barra
Data: 02/01/2016
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