domingo, 1 de março de 2015

NASCIDO PARA MATAR


Guerras, pra que? Pergunta que sempre me faço quando leio sobre o assunto nos jornais, revistas, quando assisto filmes e também quando leio os livros que contam os horrores e as pseudo honras. Não entendo honras de uma guerra, não entendo as decisões dos governantes ou líderes que incentivam as conquistas ou a pretensa defesa. Recentemente li a respeito de mais um jovem que morreu durante um treinamento militar e também me pergunto por que esse tipo treinamento deve ser tão duro, a finalidade é extrair o melhor, ou pior, que existe em nós?

Fui buscar na minha estante um livro cujo título original é The Short-Timers. No Brasil foi lançado só em 1988 com o título Nascido para Matar, o mesmo título que o filme Full Metal Jacket, dirigido pelo Stanley Kubrick, que usa a obra como ponto de partida. Embora seja lugar comum aqui no blog dizer que o livro é sempre melhor que o filme, há exceções como O Diabo Veste Prada e outros, mas são bem raras. Esse livro é menos glamoroso que o filme, e menos impactante já que o sangue do filme é muito mais vermelho que o sangue no livro.

Mas o que gostaria de ressaltar é que o livro do Gustav Hasford (1947-1993) é uma autobiografia, ele conta as histórias que viveu enquanto servia na Marinha dos Estado Unidos, e os horrores são descritos como reais, embora ele não possa provar. Do treinamento até o envio da tropa para a frente de batalha os “marines” vivem uma rotina sombria de humilhação e lavagem cerebral no sinistro Posto de Recrutamento do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, localizado na Ilha Parris – Carolina do Sul.

Embora nosso personagem principal tenha sido um correspondente, fica claro que ele viveu coisas inimagináveis e não será possível determinar que sequelas de guerra ele levará vida a fora. Ainda não entendo porque temos guerras, não consigo entender essa ganância bélica que aparecem nos noticiários, assim como não assimilo violência. Será que chegaremos num tempo que seja possível viver na paz? Para mim é só uma questão de aceitar o outro como ele o é e compartilhar mais o mundo, simples assim?

Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Entrada da escala rolante G1  Norte
Data: 17/05/2015

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