Desde então tenho revisitado constantemente a obra desse
autor e, entre um afazer e outro, pego um livro e leio um conto, uma frase, ou
um grifo que fiz num determinado livro. Foi assim que, ao abrir a primeira
página de Os Dragões Não Conhecem o Paraíso, li novamente uma recomendação
do próprio Caio que diz:
“Se o leitor quiser, este pode ser um livro de contos. Um
livro com 13 histórias independentes, girando sempre em torno de um mesmo tema:
amor. Amor e sexo, amor e morte, amor e abandono, amor e alegria, amor e
memória, amor e medo, amor e loucura. Mas se o leitor também quiser, este pode
ser uma espécie de romance-móbile. Um romance desmontável, onde essas 13 peças
talvez possam completar-se, esclarecer-se, ampliar-se ou remeter-se de muitas
maneiras umas às outras, para formarem uma espécie de todo. Aparentemente
fragmentado mas, de algum modo – suponho – completo.”
Hoje não vou descrever nem dar pistas sobre os contos para
evitar estragar o prazer do leitor na descoberta do universo caiofernandoabreuniano, entretanto, na
minha insignificante opinião, reservo-me no direito de recomendar a leitura do livro por inteiro, passo a passo, ou
melhor, conto a conto, e depois que cada um monte sua versão do jeito que
quiser.
Na edição que vou abandonar o leitor tomará o primeiro baque
só de olhar a capa, ela contém uma espécie de alvo com a foto de um ser humano pulando no vazio, mas
com um paraquedas acoplado. Esse é o Caio a quem amo.
Cidade do abandono: São Paulo/SP
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Balcão do café
Data: 02/07/2014
Espero que meu triplo apelo tenha surtido efeito e você tenha desistido de abandonar os morangos... Os meus emprestei e nunca mais voltaram! Nem lembro pra quem, ainda em Porto Alegre, nos já longínquos anos oitenta!
ResponderExcluir