Eu tinha vinte anos quando li pela primeira vez Cem Anos de
Solidão. Parece que foi há muito tempo, mas agora sinto que nem tanto, bastou pegar o livro, ler a orelha, folhear algumas
páginas e a história voltou à memória. Lembro perfeitamente que li o livro mais umas três vezes e na última me dei ao trabalho de fazer uma árvore genealógica à medida
que as gerações eram apresentadas.
Sim, é um livro sobre gerações de uma mesma família, seus
filhos, netos, bisnetos, tataranetos, e todos os percalços vividos na fictícia
cidade de Macondo. E sem querer ser um estraga prazeres, recomendo que fique
atento a personagem Úrsula, matriarca da família Buendia, que viveu entre 115 e
122 anos.
Gabriel Garcia Marquez (1927) publicou Cem Anos de Solidão
em 1967, é o oitavo de sua carreira, este livro é para mim um xodó porque abriu caminho para outras leituras do autor. É de longe o livro mais
famoso do Gabriel, um exemplo único do seu estilo a partir de então denominado de
‘Realismo Fantástico’. O curioso é que a primeira edição foi feita com apenas
oito mil exemplares, hoje já vendeu mais de trinta milhões e foi traduzido em
trinta e cinco idiomas diferentes.
Em 2009 Gabriel anunciou sua aposentadoria declarando que
não mais escreveria livros. Em 2012 seu irmão Jaime Garcia Marquez informou ao
mundo que Gabriel estava com demência, embora seu estado físico seja
bom, havia perdido parte da memória e isso tornaria impossível o hábito de
escrever. Nós perdemos um escritor, tenho treze livros dele, queria mais.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Ponto de Ônibus em frente ao Colégio Módulo
Data: 25/05/2013
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