
Entretanto, por uma feliz intervenção do destino, acabei por
ganhar de presente um exemplar no Natal daquele mesmo ano. Tenho um pacto com
minha tia Liane, que é também minha madrinha de batismo e emprestadora oficial
de livros desde priscas eras, de só presentear livros um ao outro seja no aniversário,
Natal ou a qualquer tempo por um simples gesto de carinho. Numa das muitas
viagens que fiz esse ano levei o livro comigo por dois motivos: primeiro porque
era grosso e eu morro de medo de terminar um livro em pleno voou, e segundo
porque os capítulos são curtos e eu gosto de obedecer ao critério do autor e não
faço paradas abruptas na leitura de um capítulo.
A essa altura eu já tinha vencido o mau humor inicial do excesso
de mídia sobre a obra e pude, sem preconceitos, deliciar-me com uma história
real contada com muito humor, sobre uma personalidade tão rica, profissional e
inteligente. O menino precoce que se apaixonou pelo rádio, descobre seu dom
para a publicidade e esta o leva naturalmente para a televisão numa época em
que tudo era novo e experimental, nada mais desafiador para a personalidade do
biografado.
Com o passar das páginas percebi que o Boni fez parte da
minha vida, e de maneira muito significativa para o bom e para o discernimento
de dizer “não gostei”. Chacrinha, Dercy, Janete Clair, os festivais da canção,
Regina e Couco, Tarcísio e Glória, Chico Anysio, Jô Soares, as novelas, as
minisséries, Glória Pires, Fagundes, Tony, Malu, o plim plim e até a Globeleza.
Pode chutar o balde quem não passou por isso...
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Perini Barra
Data: 13/02/2013
A fila para o lançamento aqui em SP serpenteava por todo o Conjunto Nacional e saía dando a volta na quadra até a Paulista! Fiquei curioso...
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