Apesar de ter lançado outros livros William não alcançou
o mesmo patamar em vendas do primeiro, como aconteceu com Paulo Coelho depois
do estrondoso sucesso de Diário de um Mago. Mas isso não impediu que outros
autores lançassem suas versões da obra, assim como ocorreu com Dan Brow e seu
livro O Código Da Vinci, cuja obra foi esmiuçada em diversos outros livros. Nesse
contexto A Cabana não passaria incólume. E não estou desmerecendo quem o faz,
ou já fez, lançar livros que comentam uma obra rende algum dinheiro e,
dependendo da forma como se faz, também rende algum prestígio.
De Volta à Cabana é um exemplo de livro que comenta outro
livro, e esse tem o respaldo do autor do primeiro, William P. Young escreve o
prefácio recomendando a leitura da obra escrita pelo teólogo C. Baxter Kruger. O
livro tem a função de esmiuçar de forma mais acadêmica os fatos relatados pelo
personagem Mackenzie, seu caminho para o perdão, a reconciliação com o ‘Divino’
e consigo mesmo. Cabe ressaltar que se você não leu A Cabana será complicado
acompanhar algumas passagens e referências do livro comentado.
Não sou um cético, mas também não sou daqueles que se
deixa levar pelas primeiras palavras bonitas que ouve. Me emocionei lendo A
Cabana e acredito que isso me levou a ler esse livro. O autor até tenta
aprofundar o recurso da Santíssima Trindade usado no livro original, mas se
você está buscando respostas, esqueça, este livro também não responderá as
perguntas deixadas em A Cabana. É muito filosófico ficar discutindo o
comportamento do ser humano face às dores e tragédias da vida e sua capacidade
de regeneração diante das desilusões. Essas respostas surgirão de diferentes
formas e o impacto individual vai depender do momento de vida de quem o lê.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Temaqueria - Restaurante Shiro
Data: 28/05/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário