Em Verona, Itália, pelos idos anos 1600, duas famílias,
Capuletos e Montecchios, se odeiam ao ponto de ter a cidade onde moravam
completamente dividida. Romeu Montecchio conhece Julieta Capuleto numa festa e
é fisgado definitivamente pelo amor romântico plenamente correspondido. Na
mesma noite Romeu pula o muro da mansão inimiga para revelar seu amor por
Julieta, é aí que acontece a famosa cena da varanda e os versos de amor que
serão repetidos para todo o sempre. Decididos a casar-se em segredo por causa
da inimizade entre suas famílias os jovens buscam o apoio do Frei Lourenço,
peça fundamental nessa trama que acabará na tragédia mais conhecida do mundo,
só perdendo para a crucificação de Jesus.
Essa obra irá influenciar inúmeras versões para os mais
variados gostos e estilos, fiz uma busca no Google sobre sua correlação com o
cinema e encontrei desde versões teatralizadas como as dirigidas por George
Cukor – 1936 e Franco Zeffirelli - 1968 até as mais modernosas como Romeu +
Julieta de Baz Luhrmann – 1997 (no meu conceito a melhor) e a versão para a TV
de Carlo Carlei de 2013, passando por aquelas que fazem uma analogia à obra
original como West Side Story de 1961 e a nacional O Casamento de Romeu e
Julieta dirigida pelo Bruno Barreto em 2005. Temos também as versões de
animação como Monica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta de 1979 e a
esquisita Gnomeu e Julieta de 2011. Sem deixar de fora o filme Romeu Tem Que
Morrer dirigido pelo Andrzei Bartkowiak em 2000, muita ação e pouco contexto
literário. Claro que não posso esquecer a citação no filme chanchada Carnaval
no Fogo – 1949, a paródia da cena do balcão com Oscarito interpretando Romeu e
Grande Otelo como Julieta é impagável.
O livro que vou abandonar tem uma tradução primorosa de
Heliodora Carneiro de Mendonça (1923-2015), mas conhecida como Barbara
Heliodora, professora, escritora, tradutora e ferrenha crítica de teatro. Foi a maior autoridade brasileira sobre a obra de Shakespeare. Portanto prepare-se.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Banco do jardim na entrada da Escola de Teatro da UFBa.
Data: 29/04/2016
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