Apesar de achar as narrativas por vezes muito pobres eu
gostava de imaginar os autores debruçados em suas máquinas de escrever, único
recurso da época ainda sem computadores, transpondo para o papel uma quantidade
sem fim de romances ambientados em lugares exóticos, com passagens sofridas e o
amor vencendo nos finais. Nesses livros a autoria das histórias não aparecia
com o destaque merecido e posso até apostar que eram todos pseudônimos. Eu,
canceriano que sou, gosto de um bom romance, mas acima de tudo gosto de uma
história bem contada.
É como vejo a escritora Sarah Jio (1978) e seus livros. O
Bangalô, que irei abandonar, faz parte de uma evolução das histórias contadas
nas séries Júlia, Sabrina e Bianca. Já na capa a editora providencia um verbete
que diz “Quanto tempo você está disposto a esperar por sua felicidade?” Agora é
só começar a ler a primeira das 314 páginas para deparar-se com um segredo, uma
carta recebida que trará recordações mais de cinquenta anos depois de vividas.
Uma senhora, Anne, conta para sua neta, Jennifer, o que aconteceu em sua vida
quando tinha apenas 21 anos, ia casar-se com um homem bom, tinha a segurança da
família em Seattle, mas resolve seguir os passos da melhor amiga Kitty e
alistar-se como enfermeira voluntária para a base aliada situada na ilha de
Bora Bora durante a Segunda Guerra Mundial.
Chegando à ilha ela vai conhecer uma realidade dura e inóspita
durante o período de guerra, mas também conhecerá Westry, um soldado que
despertará em Anne sentimentos ainda não vividos dentro de um bangalô escondido
numa praia deserta. Idas e vindas, tarefas da guerra, mal entendidos, segredos,
traições e o assassinato de uma nativa serão explicados mais de cinquenta anos
depois. Os românticos de plantão irão suspirar ao final.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Mezanino restaurante Raízes - Shopping Barra
Data: 26/03/2016
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