domingo, 21 de dezembro de 2014

SETE ANOS


O ano era 2007 quando Fernanda Torres (1965) recebeu um convite do Mario Sergio Conti para escrever um artigo para a recém-lançada revista piauí sobre o medo do ator de estar em cena. Ao ler esse texto na revista intitulado “No dorso instável de um tigre” a editora Cristina Grillo sentiu que dava um caldo e convidou-a para escrever uma coluna quinzenal na revista Veja Rio. Aceito o convite da Veja Rio e vários outros textos escritos para a piauí, em 2010 o sempre atento Sérgio Dávila propôs que ela abordasse o assunto eleições em uma coluna para o caderno Poder, do jornal Folha de S.Paulo. Convite aceito lá estava Fernanda Torres lançada aos leitores em diversas facetas.

Na apresentação Fernanda justifica o livro e título escolhido escrevendo: “as crônicas aqui reunidas foram escritas ao longo de sete anos e contam a história do meu noviciado. Desenvolver uma ideia dentro de um espaço determinado de linhas, falar de temas de interesse comum sem abrir mão do tom pessoal e dar valor à concisão são algumas lições que tomei do jornalismo.”

É óbvio que o lançamento vem na aba do sucesso de FIM. Já escrevi sobre ele aqui no blog em fevereiro desse ano, e é uma oportunidade de conhecer mais o pensamento da autora sobre outros assuntos que fogem completamente da ficção, tem um que de diário de bordo, é bem humorado e para quem gosta de bastidores é um deleite. E você ainda pode decidir a ordem de leitura subvertendo completamente a ordem meio que por assunto imposta pela editora.

Na minha mais humilde opinião recomendo a leitura do livro sem criar expectativas. Principalmente se você já leu FIM. Se não o leu então inverta a ordem de publicação e leia Sete Anos primeiro. Você vai se acostumar com o estilo de escrever e o humor fino de Fernanda e quando for ler FIM vai gargalhar. Eu recomendo.

Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Perini - Graça
Data: 01/02/2015

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