Foi em 2000 quando ouvi falar pela primeira vez de Reynaldo
Gianecchini, entrava no ar a novela Laços de Família na Rede Globo e o
modelo/ator ficaria conhecido nacionalmente. Foi o par romântico de Helena,
vivida por Vera Fischer, e mais tarde se envolveria com a filha dela, Camila,
interpretada pela Carolina Dieckmann. O então jovem modelo/ator foi imediatamente
comparado ao Ricardo Macchi, o eterno Cigano Igor, criticado, fuzilado, serviu
de chacota para todos os programas humorísticos da época, mas também foi amado
e idolatrado por muitas fãs. Da novela restou a lembrança de Deborah Seco como
a garota maluquinha Íris e a famosa cena da personagem Camila raspando a
cabeça.
Foi em 2004 quando ouvi falar pela primeira vez do Guilherme
Fiuza (1965) ao ler uma biografia intitulada Meu Nome Não é Johnny, que acabou transformada
em filme nas mãos do Mauro Lima. Gostei muito do livro, Fiuza tem um estilo
rápido e novelesco de contar a história do playboyzinho João Guilherme Estrella
que só sabia curtir a vida e acabou preso por tráfico de drogas.
Foi em 2005 que Reynaldo Gianecchini obteve sua redenção artística
encarnando o mecânico Paschoal na novela Belíssima. Vivendo um personagem tosco
e grosseiro formou par romântico com a personagem Safira, interpretada pela
Claudia Raia. As cenas fogosas e hilárias dos personagens conquistaram público
e crítica, que finalmente se rendeu ao rostinho bonito que a Globo tanto
apostou.
Foi em 2010 que comprei mais um livro do Fiuza, Bussunda – A
Vida do Casseta. Passei a gostar mais do autor, é um livro definitivo sobre o
Bussunda reconstituindo o nascimento do Casseta & Planeta, a fase de
escritor do TV Pirata, os tempos de vacas magras e outros de vacas bem gordas.
O estilo do Fiuza é incomparável.
Foi em 2011 que assisti à entrevista do Giane para a
Patrícia Poeta no Fantástico. De cabeça raspada e visivelmente emocionado
relatou que custou a acreditar que tinha câncer. Mas que estava ali para
encorajar a todos os que sofriam do mesmo mal. Era o rapaz jovem e bonito
mostrando a todos que tinha uma doença grave, que podia morrer e que não é
perfeito.
Foi em 2012 que li a biografia Giane – Vida, Arte e Luta.
Confesso que, a princípio, comprei o livro somente porque foi o Fiuza quem o escreveu.
Achei que a vida o Giane não valia a pena e mordi a língua. Flagrei-me rindo em
alguns capítulos e emocionado em outros. O estilo novelesco do Fiuza me
conquistou para sempre. Não sei como consegue escrever tendo como companhia a
Narcisa Tamborindeguy, deve ser difícil concentrar-se com uma pessoa ao lado
gritando “ai que absurdo”, “ai que loucura”, “ai que badalo”... Assim como
Reynaldo Gianecchini, Guilherme Fiuza também não é perfeito.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Espaço Itaú de Cinema - Sala: 2 - Praça Castro Alves
Data: 10/07/2013
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