domingo, 5 de maio de 2013

PÚBIS ANGELICAL


Toda a obra de Manuel Puig (1932-1990) é incomum. A frase pode soar óbvia já que cada autor tem o seu estilo para escrever e plágio hoje em dia pode até leva-lo para a cadeia, mas o sentido que escrevo a palavra incomum vem do inquietante, inusitado, raro. Ler Manuel Puig não é tarefa fácil, mesmo para os já iniciados, se você acompanha o blog já leu sobre dois livros que abandonei: A Traição de Rita Hayworth (24/10/2010) e O Beijo da Mulher Aranha (6/4/2012).

Em especial a leitura de Púbis Angelical será um desafio para o leitor que se aventurar porque a obra é um mistério a ser desvendado. Nessa fusão artística de thriller de espionagem e ficção científica Puig nos mostra uma história compartilhada por três mulheres: uma atriz em 1930 que vive com o marido no seu castelo de conto de fadas, uma jovem mulher que vive em 1970 convalescendo em um hospital na Cidade do México, e por fim uma escrava sexual futurista, um ciborgue que ocupa uma paisagem artificial.

Parece loucura. Mas tratando-se de Manuel Puig posso atestar que não é. Ele explora as ligações entre essas mulheres, bem como as relações entre os sexos e as gerações. Esse é o estilo tão incomum que escrevi no primeiro parágrafo do post. São essas intrincadas ideias que fazem o leitor abrir horizontes e desprender-se de enredos “pão com ovo”.

Na minha mais humilde opinião Púbis Angelical está na minha categoria “livros difíceis”, mas aposto minha coleção de tampinhas de garrafa da Fratelli Vita que se você começar vai adorar.

Cidade do abandono: São Paulo/SP
Local: Ônibus Praça da República - Aeroporto Guarulhos
Data: 25/06/2013

2 comentários:

  1. Odilson, estou escrevendo um livro sobre a Fratelli Vita. Tens algum texto, propaganda ou foto de souvenir que pudesse servir para o livro?

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  2. Gustavo, infelizmente não possuo material sobre a Fratelli Vita, mas vou ficar atento e se encontrar alguma coisa eu aviso.
    Obrigado por visitar o blog.

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