Toda a obra de Manuel Puig (1932-1990) é incomum. A frase
pode soar óbvia já que cada autor tem o seu estilo para escrever e plágio hoje
em dia pode até leva-lo para a cadeia, mas o sentido que escrevo a palavra
incomum vem do inquietante, inusitado, raro. Ler Manuel Puig não é tarefa
fácil, mesmo para os já iniciados, se você acompanha o blog já leu sobre dois
livros que abandonei: A Traição de Rita Hayworth (24/10/2010) e O Beijo da
Mulher Aranha (6/4/2012).
Em especial a leitura de Púbis Angelical será um desafio
para o leitor que se aventurar porque a obra é um mistério a ser desvendado. Nessa
fusão artística de thriller de espionagem e ficção científica Puig nos mostra
uma história compartilhada por três mulheres: uma atriz em 1930 que vive com o marido no seu castelo de conto de fadas, uma jovem mulher que vive em 1970 convalescendo
em um hospital na Cidade do México, e por fim uma escrava sexual futurista, um
ciborgue que ocupa uma paisagem artificial.
Parece loucura. Mas tratando-se de Manuel Puig posso atestar
que não é. Ele explora as ligações entre essas mulheres, bem como as relações
entre os sexos e as gerações. Esse é o estilo tão incomum que escrevi no
primeiro parágrafo do post. São essas intrincadas ideias que fazem o leitor abrir horizontes e desprender-se de enredos “pão com ovo”.
Na minha mais humilde opinião Púbis Angelical está na minha categoria “livros difíceis”, mas aposto minha coleção de tampinhas de garrafa
da Fratelli Vita que se você começar vai adorar.
Cidade do abandono: São Paulo/SP
Local: Ônibus Praça da República - Aeroporto Guarulhos
Data: 25/06/2013
Odilson, estou escrevendo um livro sobre a Fratelli Vita. Tens algum texto, propaganda ou foto de souvenir que pudesse servir para o livro?
ResponderExcluirGustavo, infelizmente não possuo material sobre a Fratelli Vita, mas vou ficar atento e se encontrar alguma coisa eu aviso.
ResponderExcluirObrigado por visitar o blog.