domingo, 13 de maio de 2012

ÓPERA DO MALANDRO


Faz muito tempo que a peça/musical Ópera do Malandro permeia minha vida. Primeiro foi a trilha sonora que fez um sucesso estrondoso e teve vida própria independente do conteúdo e do conhecimento do texto. Gal Costa e sua interpretação impecável de Folhetim, ou Zizi Possi com Pedaço de Mim, e não posso esquecer de As Frenéticas cantando Ai, Se Eles Me Pegam Agora, marcaram época na MPB e nas carreiras das cantoras em si. Depois o filme, que assisti em 1986 e até hoje permanece gravada em minha memória a cena entre Elba Ramalho e Cláudia Ohana cantando O Meu Amor como se fossem dois galos de briga.

Anos depois assisti minha primeira versão teatral, com direção de Gabriel Vilela, no TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo, uma montagem farsesca e pendendo para a comédia com vários amigos em cena. Mais tarde assistiria a uma nova versão com Alexandre Schumacher no papel de Max Overseas consagrado pela crítica e público.

Escrita em 1978 a peça se passa na década de 1940, tendo como pano de fundo a legalidade do jogo, a prostituição e o contrabando. Um cafetão de nome Duran, que se passa por um grande comerciante, sua mulher Vitória, uma cafetina que vivia da exploração das suas meninas, sua filha Teresinha, apaixonada por Max Overseas, que, por sua vez, vivia de golpes e conchavos com o chefe de polícia, são personagens inesquecíveis. Em especial o travesti Geni, maltratado por todos até que o comandante do zepelim resolve bombardear a cidade, mudando de ideia com a condição de ter uma noite de amor com o travesti. É um momento importante na peça e a música Geni e o Zepelim é a trilha perfeita para a cena.

Cabe uma grande ressalva para a genialidade de Chico Buarque na composição das letras e músicas, que estarão em meu inconsciente para sempre. Na edição que pretendo abandonar contém todas as letras das músicas em seus respectivos momentos de cena.

Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Shopping Barra - Praça de alimentação
Data: 02/06/2012

4 comentários:

  1. Adoro!! Tenho cantado e ouvido várias músicas do original de Brecht e Kurt Weill que inspiraram Chico nessa obra!

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    1. Bob,
      Isso mesmo, sensacional essa lembrança. Será que conseguirei assistir esse show?

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  2. Antes mesmo de ter contato com a obra "Ópera do Malandro" eu já conhecia várias músicas, realmente é impressionante como as canções possuem vida própria e a malandragem brasileira resiste até hoje. Pois na "Ópera" é um querendo ser mais malandro que o outro. Terezinha é a Malandra mor. ha!
    Odi, você tem que assistir a minha peça, agora em junho a gente volta em cartaz na Casa do Comércio... "Ópera do Malandro".
    beijos
    Carol

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    1. Sim Carol, irei com o maior prazer, será mais uma experiência com a obra.
      Obrigado por visitar o blog.

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