sábado, 19 de junho de 2010
ANARQUISTAS GRAÇAS A DEUS
Publicado em 1979, foi o primeiro livro de Zélia Gattai (1916-2008), que lhe valeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária do mesmo ano. Até então conhecida apenas como a esposa de Jorge Amado, Zélia tinha 63 anos quando começou a escrever suas histórias, a princípio somente lembranças de uma infância e adolescência ricas em acontecimentos, narrando o cotidiano das famílias dos imigrantes italianos daquela época, em São Paulo, na primeira metade do século XX. A vida que decorre, os pequenos incidentes, os grandes eventos, as dificuldades, a luta, os ideais, os sonhos, a indomável coragem de um povo que abandonou seu país para viver numa outra terra, a determinação de seu Ernesto e a paixão pelos automóveis, a convivência diária com os irmãos e sua mãe, dona Angelina, os sábios conselhos da babá Maria Negra, as idas ao cinema, ao circo e à escola, as viagens em grupo, o avanço da cidade e da política. Nestas crônicas familiares, vida e imaginação se embaralham, acompanhando um Brasil que se moderniza sem, contudo, perder a simplicidade no escrever.
É um livro de leitura leve e despretensiosa com flashes da São Paulo antiga e do modo de vida dos imigrantes. Você começa a ler, quando percebe já está na metade e num piscar de olhos o livro acaba. O livro que abandono é de capa dura, fruto da edição impecável do Círculo do Livro, alguém aí sabe se ainda existe o Círculo do Livro? Tô velho!
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Hospital Aliança
Data: 25/07/2010
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Adoro o círculo do livro, tenho vários exemplares!!! No Ritmo Dessa Festa, da Bruna Lombardi, por exemplo. Mas acho que não existe mais. Puro vintage. Fiquei louco pra ler Anarquistas. Tomara que me caia às mãos...
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