Hoje começo uma
série sobre livros contemporâneos, não que ache que livros possam envelhecer,
longe de mim cometer aqui tal injúria, mas acredito que cabe a palavra substituindo
um possível verbete para recém lançados. São obras que de alguma forma retratam
os pensamentos deste século que está só começando. Decidi abandonar alguns
livros que comprei recentemente e gostei muito, e quem sabe convencer alguém a
abrir e ler a primeira página.
Começo então por
uma obra cujo título é “A Culpa é das Estrelas” de um escritor chamado John
Green (1977) que, confesso, não sabia da existência. Tomei conhecimento desse livro
através de uma bem escrita resenha feita pelo Bruno Meier para a revista Veja. Fiquei
curioso por causa da resenha e ao ler o livro fiquei emocionado, comovido,
influenciado, e porque não dizer, culpado por praguejar contra a vida e os pequenos
problemas que nela enfrento.
A história é
contada em primeira pessoa por Hazel Grace, ela tem 13 anos e está diagnosticada
com um câncer de tireoide em estágio avançado sem chance de cura. Debilitada e
um pouco deprimida ela é obrigada pela mãe a frequentar um grupo de apoio a
adolescentes na mesma situação, lá conhece Augustos Waters, ex-jogador de
basquete da escola que teve de amputar uma perna por causa de um osteossarcoma.
Engana-se o leitor em pensar que é um livro mórbido ou deprimente sobre
adolescentes que tem uma doença grave, contrariando a imagem consagrada da
vitalidade e energia da idade, ou que o texto resvala na auto piedade, ou o livro
é mais um best seller de auto ajuda. Nas mãos do John Green o livro flui e, acredite,
você irá se comover e, é lógico, pensar, mas também vai rir e vibrar com esse casal
e isso pode faze-lo mudar o jeito de encarar as coisas miúdas da vida, pode
rolar um pouco de melancolia mas tenha certeza que isso lhe fará bem.
Copiei aqui um
trecho da resenha escrita pelo Bruno Meier que diz “A melancolia, porém, se desvanece
diante desse encontro tão intenso de dois adolescentes que descobrem que é mais
fácil encarar o fim iminente quando não se está mais sozinho nos instantes que
o antecedem.”.
É um grande
livro.
Cidade do
abandono: Salvador/BA
Local: Museu Náutico da Bahia - Farol da Barra
Data: 05/01/2013
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