domingo, 11 de novembro de 2012

A CULPA É DAS ESTRELAS


Hoje começo uma série sobre livros contemporâneos, não que ache que livros possam envelhecer, longe de mim cometer aqui tal injúria, mas acredito que cabe a palavra substituindo um possível verbete para recém lançados. São obras que de alguma forma retratam os pensamentos deste século que está só começando. Decidi abandonar alguns livros que comprei recentemente e gostei muito, e quem sabe convencer alguém a abrir e ler a primeira página.

Começo então por uma obra cujo título é “A Culpa é das Estrelas” de um escritor chamado John Green (1977) que, confesso, não sabia da existência. Tomei conhecimento desse livro através de uma bem escrita resenha feita pelo Bruno Meier para a revista Veja. Fiquei curioso por causa da resenha e ao ler o livro fiquei emocionado, comovido, influenciado, e porque não dizer, culpado por praguejar contra a vida e os pequenos problemas que nela enfrento.

A história é contada em primeira pessoa por Hazel Grace, ela tem 13 anos e está diagnosticada com um câncer de tireoide em estágio avançado sem chance de cura. Debilitada e um pouco deprimida ela é obrigada pela mãe a frequentar um grupo de apoio a adolescentes na mesma situação, lá conhece Augustos Waters, ex-jogador de basquete da escola que teve de amputar uma perna por causa de um osteossarcoma. Engana-se o leitor em pensar que é um livro mórbido ou deprimente sobre adolescentes que tem uma doença grave, contrariando a imagem consagrada da vitalidade e energia da idade, ou que o texto resvala na auto piedade, ou o livro é mais um best seller de auto ajuda. Nas mãos do John Green o livro flui e, acredite, você irá se comover e, é lógico, pensar, mas também vai rir e vibrar com esse casal e isso pode faze-lo mudar o jeito de encarar as coisas miúdas da vida, pode rolar um pouco de melancolia mas tenha certeza que isso lhe fará bem.

Copiei aqui um trecho da resenha escrita pelo Bruno Meier que diz “A melancolia, porém, se desvanece diante desse encontro tão intenso de dois adolescentes que descobrem que é mais fácil encarar o fim iminente quando não se está mais sozinho nos instantes que o antecedem.”.

É um grande livro.

Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Museu Náutico da Bahia - Farol da Barra
Data: 05/01/2013

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