sábado, 7 de janeiro de 2012

OS SONHOS MORREM PRIMEIRO


Se no verão passado eu escrevi sobre livros para ler na praia; histórias curtas, contos, crônicas, este ano farei diferente. Vou abandonar livros que farão você perder-se no tempo, e quando digo isso refiro-me à aqueles livros que te deixam ansioso pelo próximo capítulo, que a cada página lida a vontade de continuar é irresistível, e quando termina você fica órfão, como se quisesse saber mais e continuar a história. Com isso você será capaz de esquecer o protetor solar na praia e, ao voltar para casa, perceber que virou um tomate de tão vermelho, ou deixar derreter o seu sorvete preferido, esfriar o café, e até queimar aquele macarrão instantâneo que preparou para o almoço justamente para não perder tempo na cozinha.
Para começar esta série de verão eu escolhi abandonar Os Sonhos Morrem Primeiro, de Harold Robbins (1916-1997). Robbins teve seu primeiro livro publicado em 1948, ‘Nunca Ame um Estranho’, que contava histórias autobiográficas. Seu primeiro grande sucesso foi ‘Uma Prece para Danny Fischer’ (1952), a partir daí consagrou o estilo Harold Robbins de escrever: ambição, sexo, poder, são ingredientes das suas obras com mais de 250 milhões de livros vendidos e traduzidos para mais de 40 países.
Os Sonhos Morrem Primeiro teve sua primeira edição em 1977 e conta a história de Gareth, um jovem que levava uma vida de parasita depois de ter lutado na guerra do Vietnã, é bancado pelo governo pós guerra, até ver surgir uma oportunidade quando seu tio Lonergan lhe oferece a compra de um jornaleco chamado Hollywood Express, que nada mais era do que uma folha de propagandas. Aliando-se então ao jovem homossexual Bobby, fotógrafo e design, apaixonado por ele, e Verita, caixa do banco que lhe pagava o seguro do governo, garota mexicana com poucas oportunidades na vida e com uma espécie de relacionamento aberto com o protagonista, Gareth irá transformar o jornal em uma revista masculina de grande sucesso. Os bastidores do crescimento profissional e pessoal do jovem Gareth é recheado pelos ingredientes mais marcantes do autor: ambição, sexo e poder, não necessariamente nessa ordem.

Harold Robbins tem uma estrela com seu nome na Calçada da Fama, fica na altura do número 6.743 na Boulevard de Hollywood. Tá bom pra você?

Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Ponto de ônibus - Av. Prof. Magalhães Neto - Em frente ao colégio Módulo
Data: 11/03/2012

Um comentário:

  1. Eu li este livro nos anos 70 e achei muito bom o desenrolar do personagem principal do livro, na época eu pensei que fosse uma referência ao fundador da revista Playboy, falecido esta semana.

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